Há uma breve estória que narra a insana universidade que ensinava como matar dragões.
A moral daquele conto é bem conhecida. Estudar é bom. Resta saber se o que se aprende será útil para a vida.
Por séculos seguimos cultuando um saber que ludibria, fascina e causa a queda. Ora, existe dragões? Seria a resposta afirmativa, por que matá-los?
Deixando para trás as controvérsias sobre este assunto – não basta somente afirmar sobre crenças.
É necessário mostrar pela ciência e pela vivência o que é realmente importante e necessário.
Torno a contar uma pequena parábola. É da Rosa Vilma e o Cravo Almir.
Não era qualquer Rosa, não era qualquer Cravo. Também não era qualquer música o tema daquele casal de plantas. Não, eles não brigaram nem algum saiu despetalado.
Ambos: Rosa Vilma e Cravo Almir faziam parte de uma plantação destinada a servir de remédio para uma população carente.
A Rosa seria complemento duma linda missão como loção para a pele. O Cravo sairia reforçando uma essência repelente de mosquitos, muito útil em tempos de chuvas e calor.
Tanto uma como o outro estavam cientes de suas tarefas. Mas, em certa altura do seu tempo de lavoura, não conseguiram sobreviver a um temporal que os abateu.
Nada de contribuirem para o que eles haviam sido criados e preparados. Toda sabedoria humana e labor para colocar aquela tecnologia a serviço da vida não havia vingado.
-“Tudo perdido?”
-“Que nada! Graças a um ditado poderoso: Nada na natureza se perde, nem se cria. Tudo é transformado.”
A Rosa feneceu para evoluir. Assim também o Cravo seu vizinho de terra. O homem também evoluiu nesta destruição da plantação.
Por fim, todos tornaram à terra. E ela, mãe dadivosa e compreensiva os acolheu novamente.
-“Espere! E o que esperar dos dragões, das escolas de guerra aos seres cuspidores de fogo?”
-“Nada além de o normal para todos os outros seres : a transformação.”
O tempo não parou apesar das ilusões de alunos e professores. A Mãe Terra tratou de os reciclar e reenviar à vida para que retirassem escamas e preconceitos das almas. Hoje, a humildade e o orgulho estão sendo companheiros de jornada. O egoísmo e a caridade se relacionam para que os dois se beneficiem da dádiva da vida.
Nada é para sempre. Assim também, não é necessário cursar faculdades caríssimas para entender uma doutrina nem tão pouco reconhecer onde reside a verdade.
Irmãos, a qualquer tempo podemos abandonar o que até então nos tornaria muito úteis e previsíveis.
Agora é tempo de arriscar receber novas luzes e aprender. Voltemo-nos com humildade e resignação ao que de fato nos compete neste mundo de ilusões e saudar o Sol de Verdade que a tudo ilumina: JESUS CRISTO.
Paz!
Helder Camara