Hoje em dia já não precisamos mais de lápis ou caneta para escrevermos mensagens para as pessoas. Podemos fazê-los por meio da informática.
Mas o título que escolhi foi bem simples, porque até para documentos hoje existe a assinatura virtual. Então, pegamos a caneta para desenhar ou dar-nos ao luxo de rascunhar uns nossos pensamentos que julgamos prontos para documentar por escrito.
Tenho um banco de dados magnífico na igreja de fronteiras, sinto-me muito honrado por ter doutores e mestres formando-se e informando-se tendo o meu nome por inspiração. Grupos e comunidades dos mais variados, juventude, assentamentos, fé e política. Tanto no Brasil quanto no exterior.
Sou nomeado constantemente. Tendo em vista o cargo eclesiástico que exerci. Pois bem, sou autor de livros os mais diversos, até virtuais e metafísicos!
Agora, o que peço a caridade é para não gastar a caneta para me tornar santo. Há gastos com isto e fico acabrunhado porque o Papa Francisco pede jejum pela Paz, pede que se acolham irmãos nas casas por causa da quantidade de pessoas, famílias a fugir de regiões onde há guerras e conflitos abomináveis.
E o pessoal por aqui e acolá pedindo minha canonização. Mais que títulos, peço que se dê a flor do agradecimento e da homenagem aos pais e mães de família, aos agentes de pastorais, homens e mulheres, juventude, Comunidades Eclesiais de Base, religiosos e religiosas- dêem a eles as flores em vida.
Só Deus é bom. Já dizia o nosso Senhor Jesus Cristo. Não quero ser assunto e motivo para gastar tanta caneta.
Apenas vasculhem o baú da memória para lembrar desta triste figura e pelo quê ela viveu e verá que não foi para ocupar um nicho numa capela ou oratório. Oh, não!
Honra dos altares? Misericórdia!
No ano nacional do laicato, peço que vejam com carinho que a ajuda desta Igreja que já ocupa este outro lado da vida pede somente que a justiça e a paz reine no mundo e que Jesus seja o alento de todos os corações.
Paz!
Helder Camara
Uberaba,26/02/18