Assim cantam os jovens numa roda de capoeira à pessoa curiosa que vem ver a arte, o jogo, a ginga e a cultura em forma de grupo de pessoas comprometidas com seu melhoramento.
O mestre de capoeira conclama a todos para o empenho no momento presente: participar com entusiasmo. Alegria, palmas, canto, atenção.
O berimbau e demais instrumentos elevam o espírito enquanto no centro dois atletas lutam para se superarem. São rodopios, pulos, ataques e muito treino.
Assim é a vida.
Não se está só. Há os momentos em que nos fazemos de vítimas e aí vem um grupo despretensioso a reunir-se na praça em plena véspera de Natal e canta assim: “-Quem é você que vem chegando?”
Seria este canto direcionado para mim?
Quem saberá?
Há antas pessoas a andar por aqui…
Mas, à medida que o tempo passa, torno-me a mim mesmo e pergunto: Quem é você que vem chegando? Já não estou de fora. Percebo que eu me tornei um nesta roda e agora estou a cantar para mim mesmo: o novo homem nascido da pergunta de um grupo que canta e brinca.
E, você? Já se perguntou ou presenciou algo assim?
Paz!
Helder Camara
Na sequência comento algo à partir do que percebi neste relato do Espírito Hélder Câmara.
É um relato bem pé-no-chão – como todas a s estória s que percebo deste padre que escreve além-do-plano-físico.
Pois, bem, esta roda ou jogo de capoeira provocou um questionamento, um chamado à reflexão ou auto-reflexão.
No meu ver posso comparar como quando saímos do corpo físico ou por desdobramento ou pelo desencarne e algo nos chama a atenção.
Daí vem um ensinamento proporcionado de maneira inusitada. É como m despertar.
“-Quem é você que vem chegando?”
Daí podemos perceber que há algo mais do que podemos apreender na matéria.
Quem pergunta já sabe a resposta. Quem se deixa perguntar ou está aberto a novos aprendizados sobre as coisas dos espíritos saberá que não se responde a esta pergunta sendo da mesma maneira. Só a disposição em se questionar e questionar os outros já é indício suficiente para se saber: há uma construção real e palpável a ser feita.
Avante!
Maria Antonieta Souza
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Bom, eu respondi como sabia. E você? Não quer responder também? Paz! Feliz Natal!
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